31 de out. de 2010

SANTUÁRIO DOS GRANDES PRIMATAS É INVESTIGADO POR SUPOSTA REDE DE TRÁFICO DE ANIMAIS

JUNTAMENTE COM FUNCIONÁRIOS DO IBAMA, PEDRO YNTERIAN É ACUSADO PELA UBCI DE CONFISCAR IRREGULARMENTE ANIMAIS DE CIRCOS E ZOOLÓGICOS PARA SEREM USADOS EM EXPERIMENTOS DA AIDS

O que você vai ler agora é um resumo da matéria publicada na edição de 19/09/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 6 do caderno A. Leia o texto na íntegra clicando aqui:
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A Justiça de Sorocaba determinou que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) investigue uma suposta rede de tráfico de animais envolvendo o dono do Santuário dos Grandes Primatas (GAP), o biomédico cubano Pedro Alejandro Ynterian, e funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), acusados de confiscar, irregularmente e de forma fraudulenta, animais de circos e de zoológicos para repassá-los a organizações não-governamentais (ONGs) e zoos particulares. As denúncias foram feitas pela União Brasileira de Circos Itinerantes (UBCI) em julho de 2009 e investigadas por sete meses pela Polícia Federal (PF) de São Paulo, que encaminhou o caso ao Ministério Público (MP) Estadual. As denúncias constam em quase 300 folhas que compuseram dois volumes de processo. No documento, a presidente da UBCI, Marlene Olímpia Querubin, em depoimento à polícia, acredita numa “estreita ligação” entre Ynterian e um funcionário do Ibama, que seria o responsável por viabilizar o confisco de primatas de circos e zoológicos para os experimentos de Aids do biomédico.
Por entender que se trata de crime organizado, o MP recomendou que o Gaeco investigue e apure denúncias de maus-tratos de animais em zoológicos e o uso de chimpanzés em pesquisas ilegais para a cura da Aids, em laboratório no santuário instalado em Sorocaba, com acesso pela rodovia Castello Branco (SP-280). A utilização do animal nas experiências deve-se ao fato de o DNA dos primatas terem 99,4% de semelhança com o DNA humano.
Ynterian, que é presidente internacional do GAP, estaria se beneficiando de ações fraudulentas de um grupo formado por analistas ambientais, veterinários e funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e recebendo de agentes públicos todos os chimpanzés confiscados em circos. Estima-se que haja, no santuário, cerca de 60 primatas. Tanto Ynterian como outras 12 pessoas foram alvo do inquérito policial federal na apuração de informações sobre maus-tratos contra animais, vindos de zoológicos e circos considerados irregulares.
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MARLENE QUERUBIM AFIRMA:
"NINGUÉM PODE PASSAR POR PERTO DE ONDE ESTÃO OS PRIMATAS USADOS EM EXPERIMENTOS"
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DE ACORDO COM O INQUÉRITO POLICIAL, A POLÍCIA FEDERAL NÃO CONSEGUIU ENTRAR NA ÁREA

A presidente da UBCI declara no inquérito policial que o santuário em Sorocaba é como “uma fortaleza onde ninguém entra e, quem entra, não pode passar perto de um setor onde estão os primatas usados em experimentos”. De acordo com a entidade, a desculpa para não dar acesso a esse laboratório é de que lá estão os animais que costumam se mutilar porque são oriundos de circos. A Polícia Federal de Sorocaba fez diligência até o santuário, mas, de acordo com o inquérito policial, o local estava fechado e os policiais não conseguiram autorização para entrar naquela área. Os agentes constataram que o local tem autorização do Ibama para manter os animais. Levantaram também o nome de oito empresas ligadas à área laboratorial que estariam cadastradas em nome de Pedro Ynterian, entre elas uma citada no inquérito por ter sido denunciada pela distribuição de kits de coquetel para Aids sem licitação.
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O QUE DIZEM GAP E IBAMA
A gerência de comunicação do GAP informou que a ONG não irá se pronunciar, alegando que não tem conhecimento do inquérito da PF. E pediu informações sobre o processo à reportagem, que forneceu o número e o Fórum em que tramita o processo. Limitou-se a sustentar que as acusações feitas pela UBCI são improcedentes, haja vista que esta entidade “tem interesses comercias sobre os animais”. No inquérito, o Ibama nega qualquer registro nos processos referentes ao mantenedor e criador conservacionista Pedro Ynterian, sobre pesquisa autorizada em primatas. E esclareceu que o órgão não emite autorizações para pesquisas científicas com animais da fauna silvestre nativa. A reportagem fez contato por telefone e enviou, por e-mail, questões à assessoria de comunicação do órgão, que até o fechamento desta edição não respondeu à solicitação.
 
fonte:circo news

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